Como os seguros ganham relevância com as mudanças climáticas e seus prejuízos

Fonte: CQCS

As mudanças climáticas trouxeram um aumento significativo na frequência e na gravidade dos eventos naturais extremos em todo o mundo.

As catástrofes geraram prejuízos globais da ordem US$ 380 bilhões em 2023, dos quais US$ 118 bilhões foram indenizados pelas seguradoras. E mais: considerando o prazo de 10 anos, 70% das perdas por desastres naturais ocorreram entre 2020 e 2023.

Aqui no Brasil temos sido vítimas e testemunhas de inundações, enchentes, tempestades, incêndios florestais e outros desastres naturais que passaram a fazer parte de uma realidade preocupante, afetando comunidades, residências e empresas de diversas regiões do país.

Um exemplo recente e impactante são as enchentes enfrentadas pela população das cidades do Rio Grande do Sul. As intensas chuvas causaram inundações e centenas de mortes. Além disso, danos incalculáveis nas residências, empresas, na infraestrutura, nos meios de subsistência e nos bens de consumo.

O mercado de seguros diante das mudanças climáticas

Diante da imprevisibilidade e gravidade desses acontecimentos, investir em seguros adequados é mais que uma questão de precaução, mas de necessidade para garantir a segurança financeira e, no caso das empresas, a continuidade das operações.

Os seguros desempenham um papel crucial na mitigação dos impactos financeiros causados por esses desastres.

Para as residências, ele oferece proteção contra danos estruturais, perda de bens pessoais e despesas adicionais, como alojamento temporário. No caso das empresas, um seguro comercial adequado pode cobrir danos físicos às instalações, interrupção das operações, perda de receita e responsabilidade civil.

Para os bens de consumo, como os veículos, as coberturas de casco no seguro de automóvel podem abranger, de forma isolada ou combinada, diferentes riscos, incluindo alagamentos e inundações.

Vale lembrar que nem todos os seguros são iguais. É preciso garantir que sua apólice forneça a cobertura necessária para proteger seus ativos e interesses, incluindo danos causados por inundações, deslizamentos de terra, tempestades e outras formas de desastres naturais.

No Rio Grande do Sul, as seguradoras começaram a listar as primeiras indenizações relacionadas às enchentes e inundações. Um levantamento preliminar da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apontou que, até 22 de maio, a população atingida já havia registrado 23.441 avisos de sinistros, somando R$ 1,673 bilhão em indenizações que deverão ser pagas aos clientes.

O seguro vai além da proteção financeira. Ele também ajuda na recuperação e na reconstrução pós-evento. Com a assistência financeira proporcionada, os indivíduos e empresas afetados podem reconstruir suas vidas e negócios com mais rapidez e eficiência, minimizando assim o impacto a longo prazo desses eventos devastadores.

Portanto, é essencial revisar regularmente as apólices, garantindo que elas estejam alinhadas com os riscos específicos enfrentados pela região e pelas atividades comerciais.

Ao se preparar de maneira proativa e investir em proteção financeira robusta, podemos enfrentar os desafios do clima com maior resiliência e confiança, garantindo assim um futuro mais seguro e sustentável para todos.

https://cqcs.com.br/noticia/como-os-seguros-ganham-relevancia-com-as-mudancas-climaticas-e-seus-prejuizos/

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