MERCADO DE TRABALHO NECESSITA DE ESTAGIÁRIOS
NORSK HYDRO SELECIONA ESTAGIÁRIOS
Mercado de
seguros já aponta para o fim da recessão
Por Ariel Couto, CEO da MDS Brasil
A
performance do mercado local de seguros está intimamente atrelada ao desempenho
da economia. Após uma recessão nos últimos cinco anos, há uma expectativa
positiva para a recuperação econômica e as projeções indicam que um novo ciclo
de alta no País pode começar entre este semestre e o início do próximo ano,
dependendo do ambiente político e da consequente retomada da confiança dos
investidores. Esses dois fatores afetam diretamente a cadeia produtiva e de
serviços, inclusive o mercado de seguros, já que, com a economia mais saudável,
a tendência é que as empresas retomem os investimentos.
O Brasil é
responsável, hoje, por aproximadamente 50% dos prêmios de seguros da América
Latina e a recuperação econômica do País deve aumentar ainda mais essa
participação. Afinal, quanto menor for o desemprego, maior será o número de
segurados nas apólices de Vida e Saúde. Da mesma forma, quanto mais
investimentos tivermos em infraestrutura, maior será o volume de negócios nas
carteiras de Seguro Garantia, Riscos de Engenharia, Equipamentos Móveis, entre
outras. O mesmo vale, nesse cenário, para os negócios associados ao varejo: um
volume de vendas maior levará ao incremento dos prêmios nas carteiras de
Affinity e Transportes.
A
recuperação econômica também implica em tornar o mercado mais acessível. A
indústria automobilística, por exemplo, vem apresentando os primeiros sinais de
recuperação, com um crescimento de aproximadamente 14% no número de veículos
licenciados no período de janeiro a maio de 2019, segundo a Anfavea. O índice
traz reflexos imediatos na carteira de Seguro de Automóveis – uma das
principais do mercado brasileiro, com quase 50% de participação no segmento de
Seguros Gerais e arrecadação de prêmio superior a R$ 36 bilhões em 2018, de
acordo com a Susep.
Sob a
ótica da inovação em produtos, observa-se no Brasil a mesma dinâmica do mercado
global: o surgimento dos primeiros produtos “paramétricos” e o amadurecimento
da carteira de Riscos Cibernéticos, impulsionado, sobretudo, pelo crescente
interesse provocado pela Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor
no País em 2020. Entretanto, ainda que o interesse ou a curiosidade dos
clientes acerca desses novos produtos tenha crescido exponencialmente, o
desafio ainda é transformar essa aproximação em resultado. Ambas as carteiras
ainda apresentam um número muito pequeno de apólices efetivamente contratadas –
o que deve mudar no futuro próximo.
No caminho
dos desafios atuais e futuros está a necessidade de desenvolver produtos e
serviços que se encaixem nas necessidades de empresas e clientes individuais.
Há também a oportunidade de inclusão de um número cada vez maior de novos
clientes no mercado de seguros – o que está diretamente relacionado ao
desenvolvimento do Brasil e à disseminação da cultura de seguros.
Com tantas oportunidades sobre a mesa é possível afirmar que, com um pequeno empurrão da atividade econômica, o mercado securitário brasileiro tem tudo para deixar para trás os sinais da recessão e retornar às taxas de crescimento de dois dígitos comumente vistas nos anos anteriores.
Brasil é
mercado promissor para ‘insurtech’
O Valor Econômico relata que o Brasil é um dos
maiores mercados consumidores do mundo, mas tem uma baixa disseminação de
seguros em geral. Essa combinação torna o país um dos mais atraentes entre os
emergentes para investidores e empreendedores de insurtechs, como são
conhecidas as empresas inovadoras que aliam tecnologia a seguros.
Executivos, gestores de fundos de venture capital e empreendedores
presentes no ITC InsureTech em Las Vegas, no EUA, a maior feira internacional
do gênero, apontaram o Brasil como uma das mais promissoras fronteiras para o
desenvolvimento de um mercado de seguros baseado em tecnologia.
“O que gostamos no Brasil é o tamanho do mercado e o fato de que
o governo começou a ter políticas que nos levam a acreditar em uma estabilidade
econômica de longo prazo”, afirma Jonathan Kalman, CEO da EOS Ventures Capital,
um fundo de capital de risco especializado em empresas iniciantes de seguros.
“O país tem 200 milhões de pessoas e há um grande ‘gap’ no mercado - desse
total, só 10% são bons consumidores de seguros”, acrescenta o gestor.
Na América Latina, “o Brasil torna os outros mercados muito
pequenos em comparação: é quatro vezes maior que a Argentina e quase três vezes
o México”, aponta o codiretor de insurtechs da aceleradora global Plug and
Play, Eugenio Gonzalez. Segundo o executivo, “na região como um todo há um
baixo nível de concentração e de penetração de seguros nos países, com apenas
seis países concentrando a maior parte das grandes companhias do setor”.
A Plug and Play, uma das mais importantes aceleradoras de
startups do Vale do Silício, nos Estados Unidos, com presença em 26 países, vai
iniciar um novo programa de aceleração de insurtechs no Brasil em novembro.
Segundo Gonzalez, “a ideia é lançar um programa completo em 2020, com cinco
grandes empresas e acelerar entre 20 e até 40 startups”.
Em pouco mais de um mês, a Plug and Play vai fazer um “soft
launch” do programa “para mostrar às corporações sua plataforma e sistema” que
reúne grandes companhias, startups e fundos de venture capital. “Já estamos em
contato com algumas corporações brasileiras há alguns meses”, afirma o
executivo.
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Agricultura vai incentivar oferta de seguro aquícola em 2020
O Globo Rural destaca que o Ministério da Agricultura
vai encaminhar ao Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural em 2020
proposta de destinar recurso específico para a subvenção do seguro aquícola. A
informação é do secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., e do diretor
do Departamento de Gestão de Riscos, Pedro Loyola, que participaram na semana
passada, em Foz do Iguaçu (PR), de um debate sobre gestão de risco e
contribuições para viabilizar o seguro aquícola, durante o International Fish
Congress & Fish Expo Brasil. Em nota distribuída pela pasta, eles disseram
que o objetivo é despertar o interesse no mercado.
Ainda de acordo com a Agricultura, governo e o setor produtivo
farão uma coleta de dados regionais, por espécies e tipo de sistemas para serem
apresentados às seguradoras. As empresas deverão informar quais os dados e
documentos que necessitam, e quais os fatores que interferem na precificação do
seguro.
Conforme o censo do IBGE citados pela pasta, em 2017 havia
455.541 unidades de estabelecimentos de criação de peixes e camarões, sendo que
mais de 95% são pequenos empreendimentos. A cadeia produtiva Aquícola movimenta
cifras superiores a R$ 10 bilhões ao ano.
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Intermédica cria plano para quem tem mais de 50
O Valor Econômico informa que, na contramão do
setor de planos de saúde, que foge da modalidade individual e precifica o
produto nas alturas quando o usuário está nas últimas faixas etárias, a
NotreDame Intermédica acaba de criar um convênio médico voltado a pessoas com mais
de 50 anos de idade, com mensalidade entre R$ 750 e R$ 800.
A operadora vai concorrer com a Prevent Senior — referência em
plano de saúde para terceira idade, com cerca de 410 mil usuários, sendo que a
maioria tem mais de 65 anos. Já a Intermédica possui, atualmente, 560 mil
usuários com idade acima de 50, mas uma fatia relevante desse contingente tem
menos de 64 anos.
No mercado como um todo, 24,6% dos usuários de planos de saúde
têm mais de 50 anos. Quando se considera apenas o segmento individual, esse
percentual sobe para quase 37%, uma vez que a maior parte das pessoas perde o
benefício concedido pelas empresas quando se aposenta e procura convênios
individuais ou coletivos por adesão, ligados a associações de classe.
“Há cerca de dois anos estamos estudando entrar nesse segmento,
que tem demanda. Vamos investir fortemente em medicina preventiva”, disse Irlau
Machado, presidente da NotreDame Intermédica. Sua expectativa é que a taxa de
sinistralidade desse novo plano fique na casa dos 70% — o mesmo patamar
registrado pelo grupo. A operadora tem 2,8 milhões de usuários de planos de
saúde.
Segundo Machado, todos os usuários passarão por triagem para
avaliar seu perfil de saúde e serão acompanhados constantemente por uma equipe
formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, entre outros profissionais.
“Será montado um plano de saúde para cada usuário com orientações sobre
alimentação, hábitos saudáveis. Teremos também espaços voltados a atividades
culturais, ginástica, oficinas de memória, convívio social”, afirmou o
executivo.
O produto será comercializado inicialmente nas cidades de
Sorocaba e Jundiaí, no interior paulista. Daqui cerca de seis meses, o objetivo
é aumentar a presença para a região metropolitana de São Paulo.
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Um quarto das indústrias brasileiras não oferece plano de saúde
aos funcionários
O Globo informa que um quarto das indústrias
brasileiras não oferece planos de saúde aos seus funcionários. O custo é
apontado por 61% dessas companhias como justificativa para não conceder o
benefício. Esses são alguns dos dados da pesquisa inédita do Serviço Social da
Indústria (Sesi), feita com 1.006 diretores e gerentes de Recursos Humanos de
indústrias de médio e grande portes do país, que será apresentada hoje, em São
Paulo, no 2º Seminário Internacional de Saúde Suplementar promovido pela
instituição.
Segundo Rafael Lucchesi, diretor-superintendente do Sesi, a
inflação da saúde exerce uma forte pressão sobre os custos das empresas. A
variação de custos médicos hospitalares, no setor industrial, diz Lucchesi, foi
de 237%, entre 2008 e 2016, enquanto a inflação geral, medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve alta de 71,88% no mesmo período.
- O custo com saúde é o maior da folha de pagamento, após os
salários, representa 13,1%, em média. Muitas empresas estão investindo em
gestão de saúde, com programas de promoção e prevenção feitos em paralelo e em
conjunto com o serviço das operadoras como uma maneira de reduzir esse custo.
Além disso, já observamos uma tendência entre as empresas de implementar planos
de saúde autogestão como um caminho para mudar a forma de assistência, hoje
remunerada por serviços, o que promove desperdícios - ressalta o
diretor-superintende do Sesi.
Segundo o levantamento, 56% das empresas já integraram a gestão
de planos de saúde com suas políticas de saúde e segurança do trabalho e
apontam essa iniciativa como de importância relevante para a redução dos
custos.
Rogério Scarabel, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diz que entre as empresas que
adotaram programas de promoção de saúde há casos até de variação negativa de
custos:
- A variação de custo anual vai de 30% a -8%. A gestão de saúde
do trabalhador tem se mostrado muito eficiente. A entrada dos contratantes no
debate da saúde suplementar é fundamental. Inclusive convidamos a indústria
para participara da discussão da agenda de regulação para os próximos dois anos
- destaca Scarabel, lembrando que desde 2016, Sesi e ANS mantêm um acordo de
cooperação técnica.
Sem revelar o percentual, a Procter & Gamble (P&G) diz
que o reajuste anual do plano de saúde, que atende 26 mil pessoas, entre
funcionários e dependentes, ficou bem abaixo da média de 10%, apurada pela
pesquisa do Sesi.
Desde 2012, quando iniciou o programa de gestão de saúde no
país, a empresa acumula resultados expressivos. O mais significativo deles veio
com a implantação de postos para atendimento primário em cada uma de suas
fábricas.
Isso levou a uma redução expressiva do uso do plano de saúde,
conhecida tecnicamente como sinistralidade, para abaixo de 70%, quando a média
do mercado é de 82%.
- NA P&G internacional, esse programa começou em 1988. Os
dados mostram que, para cada dólar investido em promoção de saúde, volta US$
1,30 para a empresa. No Brasil, em 2012, a sinistralidade era de mais de 100%.
Com os ambulatórios, reduzimos a ida ao pronto-socorro e ainda conseguimos
orientar o nosso trabalhador, para que não fique perdido na rede, quando é
necessário um atendimento fora da empresa. O resultado é custo menor e melhor
resolutibilidade dos casos - explica Fernando Mariya, gerente médio Brasil da
P&G.
Outro instrumento usado pelas empresas para deter custo é a
implementação de moderadores de uso, como coparticipação. Em 73% das indústrias
pesquisadas há contribuição do funcionário para o pagamento do benefício.
Apenas 24% das empresas arcam com 100% do custo da saúde suplementar.
Lucchesi diz que, nos últimos cinco anos, desde que a crise
econômica começou a pressionar os custos da indústria, o plano de saúde vem se
tornando uma pauta de tensão entre trabalhadores e empresas.
- No Brasil, as empresas têm uma carga fiscal elevada e ainda
têm um custo adicional com o pagamento da saúde suplementar que vai influir no
clima organizacional, na capacidade de trabalho e na competitividade de
recursos humanos. Na França, por exemplo, não é uma questão para o trabalhador
se a empresa tem ou não tem plano de saúde, pois ele utiliza o sistema público
- destaca.
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Segmentação em plano
O Correio Braziliense destaca que a diretora executiva
da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, defendeu
ontem, durante o programa CB Poder, uma parceria do Correio com a TV Basília, a
segmentação dos planos de saúde. "Defendemos que as operadoras tenham a
possibilidade de oferecer diferentes planos e as pessoas possam escolher o que
mais se adéque à situação", disse.
Ela explicou que "não seriam planos populares". A
ideia da segmentação, segundo Vera Valente, seria a de o cliente poder comprar
um módulo só de consulta, só de terapia ou só de hospital. "Seria você
fazer a segmentação de acordo com as necessidades. Esse seria o caminho para
trazer novos beneficiários."
A diretora da FenaSaúde afirmou que a pressão por reajuste
ocorre, com maior frequência, pela falta de novos beneficiários. Nos últimos
anos, o aumento do desemprego e redução da renda, fez com que milhares de
brasileiros tivessem que abandonar os planos por não ter como arcar com os
altos custos da saúde.
Segundo ela, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está
aberta ao diálogo sobre a possibilidade de segmentação. No entanto, ainda não
existe uma previsão de quando isso pode ocorrer. "A gente vem discutindo
isso tanto com a ANS quanto em um âmbito maior. Tem que ser um debate
democrático, ouvindo consumidores, o governo. Consideramos essa discussão muito
oportuna, porque todos esses atores têm benefícios com isso", avaliou.
Para Vera Valente, a medida funcionaria para dar mais liberdade
ao mercado, aumentar a livre concorrência, e proporcionar planos de saúde à
população menos abastada. "Ao segmentar, você não vai impedir nada. O
usuário vai poder escolher outros planos. Essa liberdade, com todas as
fiscalizações necessárias para manter os direitos dos consumidores, pode ajudar
esse consumidor", afirmou. "Não queremos tirar direitos, e sim dar
mais direitos à população."
Vera Valente ainda chamou atenção para o aumento do uso dos
planos de saúde, apesar da queda dos beneficiários. Nos últimos três anos, o
setor já perdeu mais de 3 milhões de usuários. "Existe uma tendência do
aumento do uso, que é explicável em função de serem pedidos cada vez mais
exames, exames sofisticados. Existe uma cultura do modelo que a gente chama de
hospitalocêntrico (o uso excessivo dos planos), e esse uso tem um custo", destacou.
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Integração de programas agiliza atendimento na área de saúde
Caderno especial do Valor Econômico relata que novos softwares de
gestão, com funcionalidades mais abrangentes e capacidade de integração com
outros programas, plataformas e aplicativos utilizados por clientes e
fornecedores, imprimem maior agilidade no agendamento de cirurgias e nos
processos de autorização para procedimentos clínicos. Permitem também menos
erros no lançamento de informações e maior segurança na própria administração
do tratamento.
É o caso do sistema Medt One, lançado pela MTM Tecnologia em
2018, para gestão de informações, que agiliza o agendamento de cirurgias
eletivas. Desenvolvido em parceria com a Magma Lab e em conjunto com cinco
hospitais de Salvador (BA), a ferramenta já é utilizada pelo Hospital Santa
Izabel, da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, para resolver falhas de
comunicação que resultavam em atraso na marcação de cirurgias.
“Questionamentos do plano de saúde, por exemplo, eram enviados
ao médico pelo hospital por e-mail, mas ele muitas vezes não via e demorava
para responder”, diz Gustavo Perez, diretor executivo da MTM Tecnologia. Com o
sistema, a comunicação ficou mais rápida. A ferramenta conecta o hospital, o
cirurgião e seus assistentes, que passam a ter acesso a todas as informações
sobre o paciente e o procedimento, por meio do aplicativo no celular.
Para Mônica Bezerra, diretora administrativa do Santa Izabel, o
hospital, que realiza cerca de 1.300 procedimentos cirúrgicos por mês, com a
tecnologia, o agendamento ficou mais rápido. O tempo para a realização da
cirurgia foi reduzido em três dias e as despesas com telefone caíram 44%.
Já a Benner criou um portal que promove a integração entre
operadoras de planos de saúde e a rede credenciada de médicos, dentistas,
hospitais, clínicas e laboratórios de análise diagnóstica. Hospedada em nuvem e
dotada de inteligência artificial, a plataforma Benner Conecta torna mais ágil
e eficiente a comunicação entre o plano de saúde e os prestadores de serviço
para autorização e fechamento de pedidos e contas médicas.
O sistema utiliza biometria digital e facial, o que evita fraudes e permite maior segurança nas autorizações. Por meio de módulos de autorização e faturamento eletrônico, realiza consultas automatizadas e rápidas à base de dados dos clientes para validar a elegibilidade do beneficiário. “É um portal único para os prestadores, que integra todos os convênios, traz agilidade e eficiência”, diz Fernando Castela, gerente da divisão saúde da Benner. A tecnologia foi adotada pela Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes) em agosto e a expectativa é que proporcione economia de 45% em relação às despesas com o sistema anterior.