Gestão de Riscos Logísticos
Seguros de cargas crescem no país nos últimos oito meses
Agronegócio e importação de vacinas puxam setor, mas
sinistros aumentam e já pagaram R$ 1,3 bi
Fonte: IstoÉ
O seguro de transportes de cargas no País está em alta
com a retomada das atividades pós-pandemia. Uma curiosidade no setor é que os
números são puxados, também, pelas remessas de vacinas e insumos contra o
Covid-19 para o Brasil, associadas às exportações do agronegócio.
De janeiro a agosto, a arrecadação do segmento atingiu R$
2,91 bilhões em volume de prêmios, alta de 32% em relação ao mesmo período de
2020. Contribuiu para isso a demanda crescente pelo transporte aéreo de cargas,
aponta a Federação Nacional de Seguros Gerais.
Mas nesse setor cresceu também o volume de sinistros. De
janeiro a agosto, as indenizações pagas pelas seguradoras totalizaram R$ 1,338
bilhão, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse fenômeno é mais acentuado no transporte rodoviário
de cargas. Considerando somente acidentes e roubo de cargas, as reservas de
sinistros somaram R$ 812,53 milhões nos primeiros oito meses do ano, contra R$
510,36 milhões em 2020, um crescimento de 59,2%, aponta a Fenaseg.
Modal Ferroviário
Governo deve rever portaria sobre ferrovias após Senado
ameaçar derrubada
Fonte: Estadão
Motivo de agitação no setor de transportes, uma portaria
do Ministério da Infraestrutura que regulamenta a liberação de novas ferrovias
no País deve passar por ajustes. A iniciativa é fruto de um acordo do governo
com o Senado, que planejava derrubar uma das regras previstas no texto, e que
já gera questionamentos na Justiça, no Tribunal de Contas da União (TCU), e na
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de despertar uma reação
no Senado.
A portaria foi editada no último dia 15 pelo Ministério
da Infraestrutura para regulamentar a medida provisória que liberou o regime
privado de ferrovias no Brasil. Desde que a MP foi editada, a pasta já recebeu
21 requerimentos de empresas interessadas em construir e operar trilhos, com
investimentos previstos que ultrapassam R$ 80 bilhões. Um dos objetivos da
regulamentação foi definir o que deve ser feito quando mais de uma empresa pede
para erguer e administrar um mesmo trecho ferroviário, o que aconteceu com a
VLI e a Rumo, dois importantes concorrentes do setor.
O texto define que, nesses casos, o governo vai liberar o
projeto a todos os requerentes, desde que exista compatibilidade operação
conjunta dos empreendimentos, e não haja outro motivo técnico-operacional
relevante que impossibilite esse quadro.
Se houver incompatibilidade ou outro motivo, será
priorizada a outorga de autorização de acordo com a ordem de apresentação da
documentação exigida pelo ministério. É especificamente essa regra que gerou
rebuliço no setor. Senadores reclamam que a norma acaba por estabelecer uma
simples ordem de chegada como critério para autorização de uma ferrovia.
Dentro do governo, por sua vez, a interpretação foi
outra. Isso porque o Ministério da Infraestrutura avalia que a autorização de
um trecho de ferrovia não impede que o governo libere o pedido de outras
empresas interessadas em operar o mesmo trecho. Por isso, um ajuste avaliado
para a portaria será esclarecer que a ordem de chegada da documentação serve
como critério para priorizar a análise do pedido, e não propriamente a outorga.
A rejeição à redação atual da portaria motivou o senador
Jean Paul Prates (PT-RN) a apresentar um projeto de decreto legislativo (PDL)
que sustaria a regra. Ele seria votado nesta terça-feira, 26, pelo plenário do
Senado. Para evitar uma derrota, o governo negociou a retirada do item da pauta
e se comprometeu a fazer os ajustes na portaria. Presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG) estabeleceu um prazo para o Ministério da Infraestrutura, que
deverá entrar em consenso com os senadores até esta quinta-feira, 28, quando o
PDL entra novamente em pauta. Endossando as críticas de Prates, Pacheco afirmou
que a portaria do governo gera um critério absolutamente equivocado.
Briga
Como mostrou o Estadão/Broadcast, a regra contestada
pelos senadores tem gerado polêmica no setor, já que uma situação de disputa
pelos mesmos trechos ferroviários surgiu entre a Rumo e a VLI Logística. O
imbróglio envolvendo as duas empresas começou no início do mês, quando a Rumo
apresentou ao Ministério da Infraestrutura pedidos de autorização para
construir duas ferrovias cujos traçados já haviam sido requisitados pela VLI.
Os trechos alvos de interesse são entre as cidades de Lucas do Rio Verde (MT) e
Água Boa (MT), e entre Chaveslândia (MG) e Uberlândia (MG).
No início da semana passada, a Rumo foi à Justiça para
tentar interromper a análise dos pedidos de autorização da VLI pela ANTT. Na
ação, que foi negada, a empresa alegou que existiriam ilegalidades no
procedimento e pediu que a Justiça impedisse a ANTT de analisar o caso neste
momento. Ao rejeitar a solicitação, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirmou que
a Rumo não conseguiu demonstrar ilegalidade nos critérios adotados. A companhia
recorreu da decisão na segunda instância da Justiça, mas teve o pedido
novamente negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A compatibilidade locacional dos requerimentos da VLI
seria votada na última quinta-feira, 21, pela ANTT, mas um pedido de vista
(mais tempo de análise) do diretor Guilherme Sampaio, por sua vez, adiou a
votação.
Gestão do plano de saúde suplementar exige modelo
sustentável
Leandro Almeida, fundador e sócio-diretor da consultoria
de benefícios, credita os bons resultados do ano ao atendimento humanizado,
tecnologia de ponta e atuação bem próxima ao cliente
O segmento de saúde suplementar está à todo vapor. Não
podia ser diferente diante de uma pandemia que já ceifou mais de 600 mil vidas
no Brasil e causou uma mudança abrupta no modo de vida das pessoas,
principalmente pela perda de entes queridos, de emprego ou de trabalho em casa.
A busca por um modelo sustentável de gestão significa sobreviver às intempéries
a médio e longo prazo, de forma saudável para todos os players envolvidos na
operação.
É esta a ponte que a DynamicCare, que administra 40 mil
vidas e movimenta R$ 40 milhões em prêmios de seguros anualmente., tem construído
para chegar no futuro em boa forma. Nos últimos 12 meses, a consultoria na área
de benefícios reteve 100% da carteira de clientes e registrou crescimento
orgânico de 10% no primeiro semestre do ano. Apostamos num modelo de saúde
suplementar sustentável, que seja viável a curto, médio e longo prazo para
todos os players envolvidos. E aqui falamos de rentabilidade, serviço
humanizado, tecnologia de ponta e atuação bem próxima ao cliente, que é o
protagonista do contrato, comenta Leandro Almeida, fundador e sócio-diretor
DynamicCare Benefícios.
O executivo, que tem mais de 20 anos de experiência neste
segmento, afirma que o grande diferencial neste mercado tão sensível a emoções
e custos, é estar conectado com toda a cadeia de saúde suplementar do país. Isso
nos possibilita olhar o todo e oferecer a cada cliente o que é mais apropriado
para a sua equipe, com ofertas de produtos e serviços mais assertivas. O
resultado é o elevado nível de satisfação e fidelização da nossa carteira.
Segundo Almeida, a corretora desenvolveu programas de
qualidade de vida (como o EAP) para os colaboradores de seus clientes
corporativos, que englobam cuidados com a saúde emocional, bem-estar, dá apoio
nas esferas social e jurídica para o funcionário e seus familiares, cria campanhas
de prevenção de doenças, sobretudo as mentais e ligadas ao sedentarismo. Com a
pandemia, agregou no pacote de benefícios ginástica laboral digital para compor
o pacote home office.
Todos esses programas têm um custo-benefício evidente.
Melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e dar apoio ao gestor de RH nos
trâmites com operadoras, seguradoras e prestadores de serviço, sobretudo nessa
época de tanta excepcionalidade, valorizou a consultoria de benefícios, como
mostra o resultado de renovação de contratos e conquista de novos clientes,
ressalta o executivo.
Treinar os seus próprios colaboradores foi vital neste
período em que a corretora registrou aumento de cerca de 40% nas solicitações
de atendimento ao cliente. Ampliamos a equipe e investimos mais em treinamento,
capacitando a nossa operação em todo o território nacional. Estamos orgulhosos
de conquistar o selo de melhores empresas para se trabalhar da Great Place to
Work (GPTW), pois ele valida não só um modelo leve e sustentável de trabalho da
Dynamic, mas uma alegria ímpar por estarmos propagando internamente autonomia
com responsabilidade, que gera felicidade e perpetuidade em tudo que fazemos
junto aos clientes, parceiros e protagonista em nosso sistema. Gostamos de
tecnologia, mas lidamos com pessoas e neste mercado é prioritário ter uma
estratégia humanizada para acolher os colaboradores de seus clientes nessa fase
tão complicada como a que o mundo vive, comenta.
Questionado se está de olho no aquecido momento de fusões
e aquisições no segmento de saúde e de corretagem de seguros, o executivo
afirma que fundos de investimentos em saúde e parcerias com foco em pessoas e
cuidado estão em seu radar. Mais do que um número, os resultados obtidos neste
ano desafiador para todos mostram que apostar na humanização do processo e no
olhar próximo e personalizado para cada cliente tem ajudado a cumprir não
apenas a missão da Dynamic, mas a minha enquanto indivíduo: acolher e estar
disponível pode transformar realidades, finaliza o CEO de 42 anos.
Fonte: Sonho Seguro
Susep vê possibilidade de não cobrar o Seguro DPVAT
também em 2022
Fonte: CQCS
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) avalia
isentar proprietários de veículos automotores, em 2022, de pagar o Seguro DPVAT
pelo segundo ano consecutivo. O órgão informou ao Metrópoles que, no momento,
são realizados estudos e está mantida a possibilidade de que os recursos em
caixa sejam suficientes para garantir os pagamentos das indenizações por mais
um ano, sem haver a necessidade de nova cobrança.
O seguro DPVAT foi instituído por lei em 1974 e cobre
casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e
suplementares por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito
em todo o país. Vítimas e herdeiros (no caso de morte) têm um prazo de 3 anos
após o acidente para dar entrada no seguro.
No ano passado, o Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP), vinculado ao Ministério da Economia, decidiu que não haveria cobrança
do seguro em 2021. A medida foi tomada porque havia recursos em caixa
suficientes para a operação do ano seguinte, referentes a recursos são de
valores pagos em anos anteriores e que não foram utilizados.
Na época, foi anunciada a dissolução da Consórcio do
Seguro DPVAT a partir de 1° de janeiro de 2021, após decisão de assembleia de
seguradoras consorciadas. Então, a Seguradora Líder deixou de operar o seguro
em nome das consorciadas, ficando apenas com a administração dos ativos,
passivos e negócios do consórcio realizados até 31 de dezembro de 2020.
A Caixa Econômica Federal foi contratada para realizar a
gestão das indenizações referentes ao DPVAT, com base nas diretrizes
estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que a população não
ficasse sem o seguro. Os processos de análise de solicitações e pagamento de
indenizações seguem normalmente.
Irregularidades
As mudanças no DPVAT ocorreram após denúncias por mau uso
do dinheiro arrecadado, com a compra de veículos e garrafas de vinho, além de
conflito de interesses e favorecimento de sindicatos de corretores.
No fim do ano passado, a Susep notificou a Seguradora
Líder a recolher ao caixa dos recursos do seguro a quantia de R$ 2,257 bilhões,
referente a 2.119 despesas consideradas irregulares pela fiscalização da
superintendência, que foram executadas com recursos públicos do DPVAT entre os
anos de 2008 e 2020.Em 2020, último ano da cobrança, houve uma redução nos
valores do seguro: a nova tabela reduziu de R$ 16,20 para R$ 5,23 a tarifa para
carros de passeio e de R$ 84,58 para R$ 12,30 o valor referente a motocicletas.
Como solicitar o seguro
As orientações gerais para solicitar indenização
referente a acidentes ocorridos no ano de 2021 podem ser acessadas no portal da
Caixa Econômica Federal. Para os acidentes de anos anteriores, basta consultar
o site da Seguradora Líder.
Brasil gerou 313,9 mil empregos formais em setembro
Acumulado do ano chega a 2,5 milhões de novas vagas; para
analista, entretanto, divulgação vem abaixo das expectativas do mercado.
O Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em setembro,
resultado de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos de empregos com
carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937 novos
trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e
Previdência, que divulgou hoje as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o
Novo Caged. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de
vínculos celetistas ativos, chegou a 41.875.905, em setembro, o que representa
uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
Para o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx
Lorenzoni, a campanha de vacinação contra a Covid-19 tem sido fundamental nessa
retomada das atividades econômicas, mas ainda é preciso avançar em programas de
qualificação e recolocação profissional.
O governo vibra muito com esse número, mas não esquece de
olhar para aqueles que estão hoje na informalidade, quer por falta de
oportunidade, quer por falta de qualificação. E nós precisamos ter esse olhar
duplo, de um lado aquele que tem hoje o seu emprego formal mantido, garantido e
ampliado no Brasil e por outro lado aquela parcela de quase 40 milhões de
brasileiros e brasileiras que precisa que o Estado olhe para eles e crie uma
rampa de ascensão para a formalização, disse, durante coletiva virtual.
Em setembro, o Senado rejeitou o texto da Medida
Provisória 1.045/2021, que flexibilizava as regras trabalhistas para jovens.
Incrementado pela Câmara e apelidado de minirreforma trabalhista, o projeto
inicialmente restituía o programa de redução de jornada e salários para a
manutenção de empregos durante a pandemia, mas foi expandido para incluir
programas de incentivo ao emprego e à contratação de jovens.
No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos
cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 143.418
postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
indústria geral, que criou 76.169 novos empregos, concentrados na indústria da
transformação; comércio, saldo positivo de 60.809 postos; construção, mais
24.513 postos de trabalho gerados; e agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura construção, que registrou 9.084 novos trabalhadores.
Dentro do setor de serviços, Onyx destacou a criação de
vagas no grupo alojamento e alimentação, com 31.763 novos postos, o que mostra,
segundo ele, a ampliação do turismo interno brasileiro.
Várias áreas turísticas estão com reservas esgotadas e é
importante destacar porque essa é uma área da atividade formal que tem que ser
olhada com atenção, porque tem potencial de crescimento enorme no nosso país,
disse.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na
geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades
da federação. Em termos relativos, dos estados com maior variação na criação de
empregos em relação ao estoque do mês anterior, os destaques são para Alagoas,
com a abertura de 16.885 postos, aumento de 4,73%; Sergipe que criou 6.097
novas vagas (2,2%); e Pernambuco, com saldo positivo de 25.732 postos (2,01%).
Os estados com menor variação relativa de empregos em
setembro, em relação a agosto, são Rondônia, que teve criação de 388 postos,
aumento de 0,15%; Amapá, com saldo positivo de 281, alta de 0,4%; e Mato Grosso
do Sul, que encerrou o mês passado com mais 2.776 postos de trabalho formal,
crescimento de apenas 0,49%.
Em todo o país, o salário médio de admissão em setembro
de 2021 foi de R$ 1.795,46. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$
18,11 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 1%.
Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital
Modalmais, a divulgação, entretanto, vem abaixo das expectativas do mercado: o
número de agosto foi revisado para baixo para 368.091 (4.174k menor que o
divulgado).
Segundo ele, o destaque do saldo positivo de empregos
ficou novamente por conta do setor de serviços (142k), com comércio em segundo
lugar (60,8k) e, por fim, a indústria de transformação em terceiro (72,8k).
Somente a categoria outros mostrou saldo negativo.
Fonte: Agência Brasil
GM é a 4ª montadora a anunciar lay-off por falta de
semicondutor
Problema continua afetando a indústria automobilística do
mundo todo desde o fim do ano passado e tende a se manter pelo menos até metade
de 2022
A General Motors vai colocar até 1,2 mil trabalhadores em
lay-off (suspensão de contratos) na fábrica de São José dos Campos (SP), e
reduzir a equipe que produz a picape S10 de dois para um turno.
O motivo é a falta de semicondutores, problema que
continua afetando a indústria automobilística do mundo todo desde o fim do ano
passado e que tende a se manter pelo menos até metade de 2022.
A dispensa dos funcionários deve durar de dois a cinco
meses, diz o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A GM informa
estar discutindo com o sindicato alternativas para mitigar o impacto e proteger
os empregos.
Só na produção da S10 há 2,2 mil trabalhadores. Ao todo,
a fábrica, que também produz o SUV Trailblazer e motores, emprega 3,8 mil
funcionários.
A GM é a quarta montadora, nas últimas semanas, a adotar
o lay-off por causa da falta de chips. Antes, a fábrica de Gravataí (RS) ficou
fechada por quase cinco meses, e a de São Caetano (SP) por dois meses.
A Volkswagen vai dispensar temporariamente 1,5 mil
trabalhadores da unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), a partir de
1.º de novembro, também por dois a cinco meses. Nesse período, a fábrica terá
apenas um turno. A empresa já tem outros 450 trabalhadores afastados por esse
sistema desde o início da pandemia.
A Fiat adotou a suspensão de contratos para 1,8 mil
operários de Betim (MG) por 90 dias, a partir deste mês. Já a Renault colocou
em lay-off 300 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR). A medida
vale por cinco meses e teve início no fim de setembro.
A Renault abriu ainda um programa de demissão voluntária
(PDV) para 250 pessoas, mesma opção da Honda em Sumaré e Itirapina (SP), mas
não divulgou meta de adesão.
Crise
Em nota divulgada na tarde desta segunda, 25, a GM afirma
que a cadeia de suprimentos da indústria automotiva tem sido impactada
globalmente pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do
mercado mais rápida do que o esperado.
Isso vai afetar de forma temporária nosso cronograma de
produção na fábrica de São José dos Campos e teremos de reduzir a produção para
um turno, informa a empresa. Hoje, a empresa apresenta uma nova versão da S10,
off-road.
O sindicato realiza assembleia com os trabalhadores na
manhã de hoje para discutir o tema. Amanhã haverá novo encontro com a empresa,
que trará as condições do lay-off.
Para o sindicato, qualquer medida tem de estar cercada de
proteção ao emprego e aos direitos dos trabalhadores. Vamos discutir isso na
assembleia, diz o vice-presidente da entidade, Valmir Mariano.
Consultorias preveem que entre 7 milhões a 9 milhões de
veículos deixarão de ser produzidos globalmente em razão da crise dos chips. No
Brasil, a perda deve ser de 280 mil unidades, segundo a Anfavea, a associação
das fabricantes.
Fonte: InfoMoney
Tarifa de energia de Itaipu deve cair para menos da
metade em 2023
Fonte: Poder360
Com a proximidade da liquidação do empréstimo bilionário
obtido para a sua construção, a Usina de Itaipu terá redução significativa em
sua tarifa em 2023. A previsão é que o valor atual de US$ 22,60/kw por mês caia
para cerca de US$ 10, segundo o diretor de coordenação Luiz Felipe Carbonell.
Os financiamentos feitos para colocar a usina de pé
totalizaram mais de US$ 27 bilhões. Desse total, resta, ainda, R$ 1,4 bilhão a
ser pago, ao longo de 2022. Por isso, a expectativa é que, no ano que vem, já
haja uma leve redução, de cerca de US$ 4. Ao contrário da maioria das usinas
brasileiras, a unidade de cobrança de Itaipu é por potência, não por quantidade
de energia fornecida (MWh).
A precificação em dólar da energia gerada por Itaipu foi
a alternativa encontrada pelos governos brasileiro e paraguaio para facilitar a
gestão financeira da empresa à época do acordo diplomático firmado entre os
países. Era mais prático ter o parâmetro em dólar do que em guarani [moeda
paraguaia] ou cruzeiro. Seria difícil trabalhar com uma empresa com duas moedas
diferentes, inflações diferentes e, ainda, com a flutuação do câmbio para cada
uma, disse o diretor-geral brasileiro de Itaipu, João Francisco Ferreira.
Pelo acordo assinado entre os países, a energia de Itaipu
é fornecida igualmente: metade para o Brasil, e a outra metade para o Paraguai.
No entanto, o país vizinho não utiliza esses 50% a que tem direito. Por isso, a
energia que sobra é vendida para o Brasil e injetada no Sistema Interligado
Nacional (SIN).
A capacidade instalada de Itaipu é de 14 GWh. Mas na 3ª
feira (26.out.2021), por exemplo, às 14h25, quando a reportagem esteve na
usina, a geração era de cerca de 10 GWh. Desse total, apenas 1,8GW estava sendo
destinado ao Paraguai. A diferença entre os 5GW a que tem direito e esse
consumo é a parcela vendida para o Brasil.
Confira outros dados da operação da usina:
• Área alagada: Itaipu possui um reservatório, chamado de
área alagada, de 1.350 k². Quando está totalmente cheio, a água atinge a cota
de 220,5 metros de altura (ou seja, acima do nível do mar)
• Queda d’água: quando liberada a água para cada uma das
turbinas, a vazão da queda d’água é de 700m³ por segundo. A altura da queda
varia, mas, em geral, é de cerca de 120 metros.
• Barragem: o comprimento da barragem é de 8km
Negociação para revisão do tratado só em 2023
Em agosto de 2023, termina o prazo de 50 anos em que não
havia permissão, tanto para o Brasil quanto para o Paraguai, para alterações do
chamado do anexo C do tratado, que contempla temas como tarifa e comercialização
da energia. Segundo Ferreira, os dois países estão debruçados sobre o tema, mas
só devem se sentar à mesa para negociar no início de 2023.
Existe a preocupação se o Brasil está atrasado. Não está.
Estamos no momento certo. Nós consideramos que não é bom começar antes da hora,
que o melhor é conduzir a negociação a partir de 2023. Até lá, nós vamos
construindo cenários. De qualquer forma, os governos conversam constantemente,
disse o diretor.
Entre as principais possíveis mudanças estão:
– Liberdade para o Paraguai vender a sua energia: pelo
tratado, o Paraguai é obrigado a vender a energia que não utiliza apenas para o
Brasil. O país vizinho tem sinalizado, no entanto, que deseja ter liberdade de
vender o excedente ou para o mercado livre brasileiro ou para a Argentina, por
um preço maior do que recebe do Brasil.
– Alteração da moeda da tarifa: Com o fim dos
financiamentos, em dólar, os dois países podem avaliar a viabilidade de a
tarifa da usina deixar de ser precificada pela moeda americana. Para isso, é
necessária uma solução contábil que permita a coexistência do real e do guarani
na contabilidade da operação da usina.
– Implantação de projetos de geração de outras fontes: O
tratado entre os dois países não permite a implantação de projetos de geração
de outras fontes na área da usina, como, por exemplo, a instalação de painéis
solares sobre o espelho d’água do reservatório.
– Rendimentos da usina: pelo acordo, Itaipu não pode ser
deficitária e nem gerar lucro. A partir de uma revisão consensual entre Brasil
e Paraguai, envolvendo até eventual mudança na comercialização da energia, isso
pode ser alterado.
Um grupo de trabalho, criado em 2019 pelo Ministério de
Minas e Energia, tem estudado esse e outros pontos que podem ser revisados
pelos dois países. Ferreira diz que essa análise cabe ao Ministério de Relações
Exteriores e ao Ministério de Minas e Energia. Mas Itaipu integra esse grupo,
fornecendo as informações técnicas. O objetivo do grupo é dar suporte ao
Itamaraty para conduzir as negociações, afirmou o diretor.
Energia solar deve demandar investimentos no Brasil
Os recém-adquiridos projetos de energia solar da Galp no
Brasil devem demandar investimentos entre 500 mil e 700 mil euros por MW,
informou o diretor executivo da companhia, Andy Brown, em conferência com
investidores na segunda-feira (25/10). Mas esperamos obter financiamento de 65%
a 70% também, então a contribuição de capital é muito menor, declarou.
Localizados na Bahia e no Rio Grande do Norte, os
projetos marcam a estreia da companhia no segmento no Brasil, onde está
presente há mais de 20 anos no E&P, têm capacidade de 282 MW e 312 MW,
respectivamente, com expectativa de início das operações em 2025. Até 2030, a
Galp pretende alcançar geração de 12 GW em energias renováveis.
Os projetos no Brasil e na Península Ibérica serão
desenvolvidos pela companhia e, quando estiverem em operação, a Galp deve
considerar vender parte de sua participação. Falamos da diluição de 50% do
nosso portfólio no patamar de 12 GW e mantemos isso, disse o executivo,
ressaltando que o momento dos desinvestimentos está atrelado a uma disciplina
que queremos incutir nos negócios renováveis sobre como nos certificamos de
obter e ter a oportunidade de obter retornos patrimoniais de dois dígitos sobre
nossos investimentos em energias renováveis.
Além dos projetos adquiridos, a Galp está de olho em
novas oportunidades de energia fotovoltaica e eólica no Brasil. Nenhum acordo
foi fechado ainda, mas continuamos a ver como podemos expandir a partir dessa
posição [o portfólio atual de 594 MW no país], disse Brown.
No período de 2021 a 2025, a Galp pretende investir entre
800 milhões e 1 bilhão de euros por ano. A expansão de suas atividades se
concentrará no segmento de renováveis, novas energias e foco na transição
energética. A península Ibérica e o Brasil estão no centro dessa estratégia.
Resultados
A Galp registrou produção de 128,2 mil boe/dia, mesmo
patamar do período anterior. Destes, 115,7 mil boe/dia correspondem à
participação da companhia em ativos no Brasil, que apresentou queda de 4% ante
o mesmo período de 2020. No terceiro trimestre, a companhia foi afetada por
atividades de manutenção.
A companhia reportou Ebitda de 607 milhões e prejuízo
líquido de 334 milhões (este reportado segundo o padrão contábil IFRS), ante
571 milhões e lucro de 71 milhões no trimestre anterior.
Fonte: Revista Brasil Energia
Brasil ampliará metas climáticas na COP26, diz negociador
Fonte: Reuters
O Brasil ampliará suas metas do Acordo de Paris na
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), em
busca de recuperar a credibilidade para suas políticas ambientais e a gestão da
floresta amazônica, disse o principal diplomata do país para as conversas
climáticas em entrevista à Reuters.
O que eu peço a todos é o benefício da dúvida e que olhem
para o Brasil de modo mais prospectivo e não retroativo, disse o embaixador
Paulino de Carvalho Neto, secretário de Assuntos de Soberania Nacional e
Cidadania do Ministério das Relações Exteriores, antes de seguir para a COP26,
que começa em Glasgow no domingo.
O Brasil apresentará formalmente ao secretariado do
Acordo de Paris seu compromisso de adiantar de 2060 para 2050 sua meta de
neutralidade de carbono, ou zerar as emissões de gás, disse ele.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que comandará
a delegação brasileira, deve elevar de 43% para 45% a meta de reduzir as
emissões até 2030 na comparação com os níveis de 2005.
Na segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão disse
que o Brasil almeja acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia dois ou três
anos antes do prazo de 2030 prometido pelo presidente Jair Bolsonaro na cúpula
do Dia da Terra, em abril.
Houve uma inflexão, uma mudança, não só em nosso
discurso, mas em nossas ações e especificamente no desmatamento, disse Carvalho
Neto em entrevista na segunda-feira.
Ele disse que o governo aumentou o orçamento para tal
enfrentamento, o que ajudará a cumprir as metas climáticas porque a destruição
da maior floresta tropical do mundo é um grande catalisador das emissões de
dióxido de carbono do Brasil.
Se nós combatermos seriamente e conseguirmos atingir os
resultados que queremos, nós vamos seguramente, até com facilidade, cumprir
nossas metas e o Acordo de Paris, disse o embaixador, referindo-se às metas
individuais do país para a redução de emissões.
Bolsonaro, um cético da mudança climática que tem o apoio
de poderosos interesses do agronegócio, enfrenta críticas de ativistas
ambientais e alguns líderes mundiais pelo aumento do desmatamento no Brasil
desde que ele tomou posse.
Ele defende o aumento da mineração e da agricultura
comercial na Amazônia, inclusive em terras indígenas protegidas.
Embora os incêndios florestais na Amazônia tenham
diminuído significativamente este ano, há muito mais desmatamento do que antes
de Bolsonaro assumir o cargo e enfraquecer a política de fiscalização
ambiental.
O desmatamento da Amazônia brasileira está próximo do
recorde em 12 anos, com redução de menos de 1% até setembro deste ano na
comparação com os primeiros nove meses de 2020.
Ainda que pequena, a melhoria levou a uma retomada das
conversas climáticas com os Estados Unidos, que dependiam de o Brasil mostrar
um avanço no combate ao desmatamento ilegal. Carvalho Neto se encontrou
brevemente com o enviado do clima norte-americano, John Kerry, em Milão, neste
mês, durante uma reunião preparatória da COP26.
Diplomatas europeus também reconhecem uma mudança de
atitude de ministros brasileiros envolvidos em questões ligadas à mudança
climática e até nos discursos do presidente Jair Bolsonaro.
Eles aceitaram que o desmatamento é um problema e afeta
diretamente seus alvos no combate às mudanças climáticas, disse Ignacio Ybañez,
embaixador da União Europeia em Brasília. Mas ainda temos que ver resultados
concretos. Ainda não chegamos lá.
Brasil foi o país do G-20 que mais regrediu em metas para
cortar emissões, diz relatório da ONU
Fonte: Estadão
O Brasil foi o país que mais regrediu em suas ambições de
reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) entre as nações do G-20, aponta um
relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta terça-feira,
26. Publicado a poucos dias da Conferência do Clima (COP-26), em Glasgow, o
documento destaca ainda que as promessas climáticas para 2030 colocam o mundo
no caminho de aumento de temperatura de pelo menos 2,7ºC neste século.
O Relatório sobre Lacuna de Emissões, do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), detalha o status das promessas dos
países para reduzir as emissões de CO2, chamadas de NDCs (sigla em inglês para
Contribuições Nacionalmente Determinadas). As NDCs são apresentadas a cada
cinco anos e refletem os compromissos de redução de emissões dos países para
conter o aquecimento global.
No caso do Brasil, segundo o relatório da entidade
global, a NDC atualizada leva a um aumento absoluto nas emissões, da ordem de
300 milhões de toneladas de CO2. A promessa brasileira de redução de emissões
original, feita em 2015, e a promessa atualizada apresentam a mesma meta
porcentual: de queda de 43% até 2030 em relação aos níveis de emissão de 2005.
O que muda é o ponto de partida para estimar os
lançamentos de gases estufa. A gestão Jair Bolsonaro revisou retroativamente os
dados brasileiros sobre emissões em 2005, o que eleva a base de cálculo, de 2,1
bilhões de toneladas de CO2 por ano, para 2,8 bilhões. Essa manobra brasileira,
chamada por ambientalistas de pedalada climática, foi contestada por entidades
na Justiça e pode ser alvo de críticas na cúpula de Glasgow. Isso não significa
que o Brasil seja o dono da pior meta, mas que o País tem caminhado no sentido
contrário, de compromissos menos ambiciosos contra o aquecimento global.
O retrocesso viola o Acordo de Paris, que aponta que os
países não podem retroceder em suas metas climáticas. A expectativa de
ambientalistas ouvidos pelo Estadão é de que o Brasil apresente uma nova
atualização até a Cop-26, que começa na próxima semana, ou mesmo durante o
evento. Procurados pela reportagem, os ministérios do Meio Ambiente e das
Relações Exteriores não se manifestaram.
O Brasil tem se isolado nas discussões ambientais, diante
da postura de Bolsonaro de fragilizar os órgãos ambientais no combate a crimes
na Amazônia. Desde 2019, o presidente também mantém relação conflituosa com
países ricos que apontam problemas na preservação da floresta, que vem
registrando alta de incêndios e de desmate.
Entre os países do G-20, apenas o México também
apresentou revisão de meta que ocasiona crescimento das emissões, mas nesse
caso, segundo a ONU, o aumento é marginal. No caso do México, um tribunal
colegiado suspendeu este mês as metas de combate ao aquecimento global e
determinou que a versão mais ambiciosa fosse retomada. Outros países mantiveram
suas metas ou as tornaram mais ambiciosas. As novas versões com os maiores
cortes de emissões, segundo o relatório, são dos Estados Unidos, da União
Europeia, Reino Unido, Argentina, Canadá, China e Japão.
Temos oito anos para reduzir quase à metade as emissões
de gases de efeito estufa e ter uma possibilidade de limitar o aquecimento
global a 1,5 °C. Oito anos para colocar em marcha planos, concluir políticas,
executá-las, e finalmente conseguir as reduções. O tique-taque do relógio bate
com força, alertou Inger Andersen, diretora executiva do Pnuma.
Mundialmente, segundo a ONU, são necessárias políticas e
ações adicionais para reduzir quase pela metade as emissões anuais de gases de
efeito estufa nos próximos oito anos. Para o secretário-geral das Nações
Unidas, António Guterres, seria preciso sete vezes mais ambição climática se
quisermos manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C.
O documento das Nações Unidas aponta que as atualizações das NDCs seguem a linha de promessas fracas, ainda não cumpridas. Os novos compromissos dos países reduzem em 7,5% as emissões de gases para 2030. Mas, segundo o Pnuma, seriam necessárias reduções de 30% para alcançar o aquecimento de 2°C ou de 55% para chegar a 1,5°C.
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